segunda-feira, 25 de novembro de 2013

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18 COISAS QUE NÃO ME ARREPENDEREI DE FAZER COM MEUS FILHOS

Por Tim Challies


Como a maioria dos pais, eu tenho aqueles momentos em que culpa e arrependimento me atingem como uma onda. Eu penso, então, em como boa parte do meu tempo como pai já passou e quão pouco resta. Meu filho mais velho tem treze anos. Ele já é um adolescente, restando-lhe apenas mais um ano até o ensino médio, somente oito anos até a idade que eu tinha quando saí de casa para me casar. Minhas meninas o acompanham de perto. Quando aquela onda se levanta, quando sinto que poderia afogar-me debaixo de toda aquela tristeza, às vezes, eu considero estas coisas das quais nunca me arrependerei.

Aqui estão 18 coisas que eu sei que não me arrependerei de fazer com meus filhos.

1. Orar com eles por eles. Fico perplexo com o fato de que uma das coisas que mais me intimida é orar com meus filhos. Não estou falando de orar com toda a família antes ou depois de uma refeição, mas orar com a minha filha por minha filha ou com meu filho por meu filho. No entanto, este tipo de oração permite-lhes perceber que estou preocupado com o que lhes preocupa e permite-nos unir-se em oração por essas mesmas coisas. Eu sei que preciso priorizar isso porque nunca me arrependerei de orar com eles por eles.

2. Ler livros para eles. Quando o verão torna-se outono, quando os dias ficam mais curtos e as noites esfriam, passamos muitas das nossas noites juntos na sala de estar, enquanto eu leio livros em voz alta. Nós lemos sobre o nosso caminho por este mundo, e por muitos outros, nós lemos sobre o porvir na história e sobre dias há muito no passado; nós conhecemos heróis e vilões, e experimentamos tudo isso juntos como uma família. Eu nunca me arrependerei de ler livros para os meus filhos .

3. Dar beijos de boa noite. Os dias se alongam e eu fico tão cansado. Na hora em que as crianças vão para a cama, às vezes estou tão desgastado que a última coisa que quero fazer é vê-los na cama e dar beijos de boa noite. Mas eu sempre me alegro por fazê-lo e, muitas vezes, descubro aquele momento em que as crianças estão mais abertas, mais ansiosas para falar, e mais ansiosas para ouvir. Eu sei que nunca me arrependerei de todos aqueles beijos de boa noite.

Eu sei que nunca me arrependerei de todos aqueles beijos de boa noite.

4. Levá-los para a igreja. Há tanta alegria em estar juntos na igreja como família, adorar juntos o Senhor e juntos ouvir sobre ele em sua Palavra. Eu não levo meus filhos à igreja para que eles possam aprender boas maneiras ou serem pessoas melhores, eu os levo à igreja para que possam saber quem são, para que possam aprender sobre quem é Deus, e para que possam encontrar e experimentar a graça. Eu nunca me arrependerei de priorizar a  igreja.

5. Levá-los para tomar café da manhã. Uma tradição muito amada em nossa família é levar meus filhos para tomar café nas manhãs de sábado – um deles por semana. É uma tradição que perdi, mas voltou, perdi novamente e voltou mais uma vez. É uma tradição que vale a pena manter. A despesa de 10 ou 20 dólares e o tempo que leva nada são em comparação com o investimento em suas vidas. Eu nunca me arrependerei dos nossos cafés da manhã com o papai.

6. Deixar meus amigos serem seus amigos. Adoro quando meus filhos fazem amizade e tornam-se amigos dos meus amigos. Eu quero que meus filhos tenham amigos mais velhos e mais sábios do que eles e amigos que possam ajudá-los nas áreas em que sou fraco. Eu nunca me arrependerei de incentivar meus amigos a serem amigos deles.

7. Fazer devocionais em família. Devocional em família é uma disciplina difícil de manter, especialmente quando as crianças ficam mais velhas e têm mais lição de casa e responsabilidades. Mas, nós nos comprometemos, nos re-comprometemos e perseveramos, porque estes são momentos preciosos – apenas alguns minutos juntos para ler a Bíblia, para falar sobre o que ouvimos e para orar. Eu sei que nunca me arrependerei de um único momento buscando o Senhor juntos.

8. Discipliná-los. Eu odeio disciplinar meus filhos, eu odeio ter que discipliná-los. Contudo, estou absolutamente convencido de que se recusar a discipliná-los é recusar-se a amá-los e respeitá-los. O privilégio revogado, a conversa severa, o tempo gasto sozinho em seu quarto – essas coisas são vistas como ódio no momento, porém, percebidas como amor mais tarde. Eu nunca me arrependerei de disciplinar meus filhos com amor.

9. Fazer coisas especiais. Grande parte da vida é vivida em situações cotidianas e o amor normalmente é demonstrado no dia-a-dia. Mas também há valor no jogo à tarde, na noite de balé, as viagens com o papai. Eu nunca me arrependerei de fazer essas coisas especiais com meus filhos.

10. Pedir perdão. Eu tenho mais dificuldade em pedir desculpas aos meus filhos do que a qualquer outra pessoa. Em algum lugar lá no fundo da minha mente, eu estou convencido de que desculpar-me com eles é revelar fraqueza; mas, nos meus melhores momentos, eu sei que pedir desculpas a eles – pedir perdão quando pequei contra eles – é honrar a Deus e a eles. Eu nunca me arrependerei daquelas vezes em que já pedi perdão a eles.

11Perdoá-los. Minha grande fraqueza é um dos grandes pontos fortes dos meus filhos. Quando eles pecam, quase sempre são rápidos em buscar o meu perdão. Eu nunca me arrependerei de sincera e imediatamente conceder o perdão que eles pedem.

12. Amar a mãe deles. Eu sei que a estabilidade de uma mãe e um pai que estão firmemente comprometidos um com o outro traz estabilidade para toda a família. Eu posso amar meus filhos ao assegurar-lhes o meu amor por sua mãe por meio das minhas palavras, atos e afeição. Eu nunca me arrependerei de regularmente reafirmar o meu amor pela mãe deles.

13. Identificar a graça de Deus. Enquanto meus filhos fazem suas profissões de fé e começam a crescer em piedade , tem sido uma alegria ver a graça de Deus em suas vidas. Estou aprendendo a contar-lhes o que eu observo, a elogiá-los por isso, e apontar para Aquele que fez tudo. Eu sei que nunca me arrependerei de identificar esse tipo de graça em suas vidas.

14. Expressar afeto. Gosto de andar de mãos dadas com as minhas filhas e adoro abraçar o meu filho antes de ele ir para a escola. Esta afeição física os faz sentirem-se seguros e amados ao ensinar limites e toques apropriados e platônicos. Eu nunca me arrependerei de continuamente expressar afeto físico.

15. Planejar pequenas surpresas. Os pequenos e ocasionais presentes de quando eu volto para casa depois de uma palestra, uma rosa para minhas meninas enquanto eu compro um buquê de flores para a mamãe, o jantar no McDonalds sem qualquer motivo especial. Eu nunca me arrependerei de planejar e a executar essas pequenas surpresas especiais.

16. Dar-lhes toda a minha atenção. Eu quase sempre tenho um dispositivo eletrônico à mão e, muitas vezes, tenho dois ou três deles. É tão fácil interromper uma conversa a cada zumbido ou bip, quebrar o contato visual e perder a concentração. Eu sei que eu nunca me arrependerei de dar aos meus filhos toda a minha atenção quando eles têm algo a dizer.

17. Conduzir ao evangelho. O evangelho não é apenas uma porta de entrada para a vida cristã, mas a própria fonte de esperança e alegria na vida cristã . Precisamos voltar ao evangelho continuamente, precisamos do evangelho todos os dias. E eu nunca me arrependerei de conduzir meus filhos ao evangelho.

18. Dizer-lhes “eu te amo”. Eu amo profundamente meus filhos e posso demonstrar esse amor de cada uma das maneiras que listei acima. Mas, quando eles vão para a escola, quando eles saem com os amigos, quando me ligam do escritório, quando usamos o Skype à distância, eu nunca me arrependerei de dizer-lhes novamente: “Eu te amo”.

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Traduzido por Josaías Jr | Reforma21.org | Original aqui.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

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PALAVRÃO? @#%*!!!! COMO ASSIM?!


De vez em quando leio os murais e comentários no Facebook e não poucas vezes me deparo com murais compartilhando fotos meio-eróticas, palavrões, para não falar de comentários cheios de palavras chulas e palavrões do pior tipo. Sei que boa parte destes amigos não são crentes em Jesus Cristo. Mas estou me referindo aos que se identificam como crentes, que postam tanto declarações de fé e amor a Jesus quanto material chulo.

Os argumentos a favor do uso de palavrões pelos crentes podem parecer bons: todo mundo usa, trabalho ou estudo num ambiente de descrentes e não quero parecer um ET, não tenho nenhuma intenção maligna ou pornográfica, etc.

O problema - para os crentes que tomam a Bíblia como regra de fé e prática e como o referencial de Deus para suas vidas - é o que fazer com estas passagens:

  • "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem" (Ef 4:29).

  • "Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos; 4 nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças. 5 Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. 6 Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. 7 Portanto, não sejais participantes com eles" (Ef 5:3-7).

  • "Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração. 35 O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más. 36 Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; 37 porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado" (Mat 12:34-37).

  • "Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes" (1Cor 15:33)".

  • "Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar" (Col 3:8).

  • "A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um" (Col 4:6).

  • "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento". (Filipenses 4:8).

As interpretações destes versículos podem variar entre si, mas resta pouca dúvida de que o conjunto deles traz uma mensagem uniforme: o filho de Deus é diferente do mundo, no que pensa e no que fala. A pureza e a santidade requeridas na Bíblia para os cristãos abrange não somente seus atos como também seus pensamentos e suas palavras.

Eu sei que muitos vão dizer que o problema é a definição de palavrão. Entendo. Sei que palavras que ontem arrepiavam os cabelos de quem as ouviam, hoje viraram parte do vocabulário normal. Sei também que palavras que são palavrão numa região do Brasil não são em outra. Mesmo considerando tudo isto, ainda há muitos cristãos que usam palavrões no sentido geral e normal. É só ler blogs, comentários em blogs, murais e comentários no Facebook, tuítes da parte de gente que se diz crente.

Acho que a vulgarização do vocabulário dos evangélicos é simplesmente o reflexo do que já temos dito aqui muitas outras vezes: o cristianismo brasileiro é superficial, as igrejas evangélicas estão cedendo ao relativismo da nossa sociedade. Em vez de sermos sal e luz estamos nos tornando iguais ao mundo no viver, agir, pensar e falar.

Proponho o retorno daquele corinho que aprendíamos quando éramos crianças nos departamentos infantis das igrejas históricas:

"O sabão, lava meu rostinho
Lava meu pezinho, lava minha mão.
Mas, Jesus, prá me deixar limpinho,
Quer lavar meu coração".


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Texto do Rev. Augustus Nicodemus Lopes