quinta-feira, 22 de agosto de 2013

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O "MAS" DE DEUS

"Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores". (Romanos 5:8)


É comum em nossos dias notícias e mais noticias, de fatos horrendos, de atos grotescos. E coisas desse tipo geram em nós um sentimento, uma reação. Em alguns revolta em outros incredulidade. “Não acredito nisso, eu não acho que ele seria capaz, onde vamos parar?”. Esses pensamentos permeiam nossa mente, a ponto, de em alguns casos, nos deixar mal. Como a investigação dos PMs mortos em SP, em que se suspeita do filho do casal. A nossa mente não consegue assimilar, não queremos acreditar que isso poderia ter acontecido. Não se chegou ao fim das investigações, porém este caso mexeu com o Brasil.
Relutamos em acreditar que uma criança seria capaz disso. Queremos ver que na humanidade ainda resta em certas pessoas o “bem”, que nascemos puros e que o mundo nos macula com o pecado. Seria até legal pensar assim, uma ideia que nos tira responsabilidade. Porém isso não é verdade, é uma visão destorcida que vai de encontro à palavra: “Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe.” (Salmos 51:5 - NVI). Todos pecamos, todos somos maus, somos farinha do mesmo saco! Criamos degraus e colocamos pessoas neles, vemos isso o tempo todo. Um assassino é tratado como alguém desprezível, alguém que não merece ser ajudado, que tem que passar a vida preso. E vemos ladrões e mentirosos em uma condição ruim, mas não tanto quanto o assassino. Isso me leva dizer algo que pode lhe chocar: Adolf Hitler não é em nada diferente de Madre Tereza aos alhos de Deus, em nada! Ambos são pecadores e carentes de sua obra redentora, ambos feriram a santidade de Deus com seus erros. Aí querido leitor você pode indagar; “Como assim? Madre Tereza era alguém que tinha boas obras sociais, vivia uma vida abnegada em amor aos pobres. Como você pode colocá-la no mesmo patamar do Funhrer?” Simples, perante o Criador “Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo.” (Isaías 64:6 – NVI). Até nossa justiça é desprezível para Deus, se sabemos o que é justiça e ser justo.
  1. E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,
  2. Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência;
  3. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
  4. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
  5. Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
  6. E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
  7. Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.

Efésios 2:1-7

No texto de Paulo aos Efésios ele fala de um quadro desolador, O HOMEM ESTAVA MORTO NOS SEUS PECADOS! Mortos não falam, não andam, não se mechem, nada desejam. Afinal, ele esta morto! Assim, não havia condição alguma de buscarmos ao Senhor, de querer sua vontade “a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à lei de Deus, nem pode fazê-lo.” (Romanos 8:7 – NVI). Vivíamos como esse mundo vive, andávamos no sistema, fazíamos parte dele. Não havia em nós nada de diferente dos demais, Deus não olhou pra mim e disse: “Oh, Isaque é alguém caridoso, ele dá esmola, respeita as leis, é um bom pai, um bom filho, nunca traiu a mulher. Quero-o no meu Céu, ele merece”. Não, terminantemente não! Somos miseráveis pecadores, merecíamos a eternidade distante da presença desse Justo Juiz, a sua ira seria mais que justa. “... éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.” (Ef 2:3 – NVI). Precisávamos que Ele tomasse a inciativa, que ele nos buscasse indo ao nosso encontro como foi no Jardim. Carecíamos de um Salvador.
Depois de expor a primeira parte do quadro com nossa miserabilidade Paulo usa uma conjunção adversativa, que exprime uma ideia contraria a tudo que foi dito antes. É nessa hora que entra o “Mas”, e essa conjunção faz brilhar uma luz naquelas cores negras e frias, cria se um lindo contraste colorindo a obra, a obra da nossa redenção. Esse é o “mas” de Deus.

Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou. Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos).
                                                                     (Ef 2:4,5 – NVI)   
                
Aleluia! Mesmo com nossos erros e ofensas, mesmo com nossos muitos pecados. Estando mortos, ele nos vivificou em Cristo. Isso apenas por sua graça, seu favor imerecido de nos dar a vida eterna e por sua misericórdia, que não nos recompensou de acordo com nossas ações. Com a ótica correta, conseguimos ver que não merecemos nada, que nossas obras não compram bênçãos. A medida que o homem conhece ao Senhor através de sua palavra, ele deve se sentir indigno diante do Deus Santo. Não há mérito em nós, tudo é Graça, é sempre Ele estendendo sua mão.
      Saber isso não nos deixa confortavelmente deitados em uma rede descansando e aproveitando o momento. Esse conhecimento nos imputa responsabilidades. Se antes éramos escravos do pecado, hoje desfrutamos do privilegio de ser servos do Rei.  Se antes estávamos sobre o julgo de nossos desejos carnais, hoje seguimos o desejo do Nosso Senhor. Saímos de um senhorio e entramos em outro, continuamos sendo escravos! No termino da obra, da grande obra, tem um recado deixado pelo Pintor, o proposito daquela tela é “Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.” (Ef 2:7 – NVI). Mais uma vez nós não somos o foco, essa pintura foi feita para a glória do Autor, para seu próprio deleite.
      Que ao olharmos pra esse lindo quadro possamos ver em cores frias e tristes nossas misérias contrastando com os azuis e amarelos da graça do Senhor. Enxergar na aquarela de cores do Criador os tons que regeram essa pintura. Reconhecer que o autor é Soberano em sua obra cabendo a nós apenas render gloria. E sermos gratos por termos sido alcançados por sua misericórdia.

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Texto de Isaque Pedro, só mais um pecador alcançado pela Irresistível Graça.

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